PERITO FEDERAL EXPÕE MÉTODOS E SISTEMAS DE DETECÇÃO DE PROPINA EM OBRAS PÚBLICAS


Os participantes do XVIII Simpósio de Auditoria em Obras Públicas | SINAOP assistiram, na manhã desta sexta (9), à palestra “Abordagem estatística para a identificação de cartéis em obras públicas e determinação do prejuízo imposto”, ministrada pelo perito criminal do Departamento da Polícia Federal do Paraná (DPF-PR) e integrante do Grupo de Perícia da Operação Lava Jato, João José Vallim.

Em sua apresentação, Vallim afirmou que a corrupção é um fenômeno grave e prejudicial ao conjunto da sociedade em todos os recantos do planeta. Apontou estudos que levaram a Organização para a Cooperação Econômica (OCDE) – entidade formada por 46 nações fiéis aos princípios da democracia representativa e da economia de mercado – a denunciar a ocorrência de propina para a obtenção de contratos públicos em 57% dos acasos analisados entre 1999 e 2014.

Ainda mencionou levantamento Sociedade Americana de Engenharia Civil com cifra da ordem de US$ 340 bilhões por ano, atinentes à corrupção global. A Transparência Internacional, lembrou, descobriu 283 cartéis privados internacionais, US$ 1,2 trilhão de fraude em vendas públicas e US$ 300 bilhões, em sobrepreço, entre os anos de 1990 e 2005.

Ao historiar os primórdios dos métodos de investigação da corrupção em grande escala, Vallin contou que tudo começou, por acaso, em meados de 1950, nos Estados Unidos, quando alguém notou o mesmo padrão de concorrência e êxito de quatro empresas nas licitações para aquisição de equipamentos elétricos.

Os modelos investigativos atuais, esclareceu, envolvem modelos baseados em estruturas e comportamentos empresariais já experimentados internacionalmente. Em certos casos, os indícios de cartelização e de divisão de mercado são hoje aferidos com o uso de funções matemáticas, disse.

Clique AQUI e tenha acesso aos slides dessa palestra!

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