Peritos da Polícia Federal apresentam metodologias inovadoras de trabalho


Os peritos Cristiano da Cunha Duarte e Régis Signor, ambos do Departamento de Polícia Federal, apresentaram duas metodologias inovadoras de trabalho para os participantes do Encontro Nacional de Auditoria de Obras Públicas – ENAOP – na tarde desta quinta-feira (12). O evento, que está sendo realizado na Escola de Contas do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), segue até amanhã (13).

“Inteligeo: Sistema de Inteligência Geográfica da Perícia da Polícia Federal” foi o tema da apresentação de Cristiano da Cunha Duarte. Segundo ele, o objetivo do sistema é facilitar a localização, exibição e análise de informações geográficas. 

Acesse AQUI os slides da primeira palestra!

“São mais de 250 camadas de informações em várias frentes [balística, DNA e locais de crimes] disponibilizadas para os peritos elaborarem suas perícias de forma mais simples e centralizada. Isso não só enriquece os laudos, como torna o trabalho muito mais produtivo”, enfatizou Duarte.

Na sequência, a palestra “Novas Possibilidades de Detecção de Colusão em Licitações de Obras de Engenharia” foi apresentada pelo perito Régis Signor, que já iniciou sua fala dando uma ideia da gravidade da situação dos cartéis no Brasil. “Estima-se que 1,3 trilhão de reais são investidos em obras de engenharia no país por ano. Se apenas 1% desse valor for desviado, já são 10 milhões de reais de prejuízo. Vejam que o terreno para colusão é muito grande. Por isso os cartéis são um problema sério”, explicou o perito.

Acesse AQUI os slides da segunda palestra!

A Polícia Federal, segundo ele, não tinha um método de trabalho específico para combater conluios em 2014, quando surgiu a Operação Lava-Jato. Foi quando o método probabilístico foi desenvolvido, onde o comportamento em conjunto dos concorrentes foram analisados. “Afinal, qual a probabilidade de todos os competidores apresentarem propostas elevadas ao mesmo tempo?”, questionou Signor. A partir daí, foi desenvolvido o cálculo do comportamento de um grupo de competidores em uma licitação honesta, para então se detectar uma desonesta.

“Os métodos de detecção dependem de comprovação. Mas para a finalidade administrativa, todo método é válido para evitar o desvio de recursos de obras públicas”, disse o palestrante que encerrou sua fala com uma frase do filósofo George E. P. Box: ”Todos os modelos estão errados, mas alguns são úteis”.

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